sábado, 8 de agosto de 2015

O Pato vinha cantando alegremente...




Por Dener Augusto

Comprei uma casa nova em um determinado bairro, por um valor considerado alto, sem muita análise, motivado por indicações e promessas de melhorias em seus arredores, como transporte metroviário, obras de mobilidade, lazer e comércio.

Na teoria,  um investimento a longo prazo que me traria no futuro um bom retorno financeiro e ainda mesmo no presente um certo valor agregado.

Desse modo, apresentei o empreendimento a toda família e orgulhava-me do feito.

Entretanto, por diversas razões não fomos morar no imóvel. Uma delas foi minha esposa não gostar do local, alegando que as benfeitorias  prometidas pelo governo, não foram  cumpridas.

Assim, pra eu não ficar no prejuízo e com a situação financeira apertada, resolvi alugar o apto.  Só que a essa altura já considerava um erro todo procedimento.  Minha real intenção seria vendê-lo. Mas, inocentemente, passei a reclamar do mal negócio pra todos nas redes sociais.

Consequentemente, após ter admitido que errei, que tomei um prejuízo, que não soube conduzir o negócio, que jamais teria o valor reembolsado, consegui ainda com dificuldades alugar o apto, mas nas seguintes condições: O inquilino assumiria apenas o aluguel e eu continuaria a pagar o condomínio e a prestação do apto.

Que historia louca né? Um absurdo!

Porém foi isso que aconteceu o entre Corinthians e Pato.

Errado? Foram várias pessoas. Não fizeram um estudo ou analisaram as diversas situações para uma contratação deste  porte.

Da mesma maneira como demitem e contratam treinadores. Avaliam apenas aquilo que a pessoa já fez e não pensam no perfil que querem para o momento, se existe uma congruência de pensamentos e afins. Aqui no Brasil, fingem todos ao aplicar o clichê projeto.

O mesmo se deu ao case Pato. Ficou a impressão de que o Tite e alguns jogadores não gostavam dele. Quanto aos jogadores(leia-se Emerson Sheik, Guerrero e outros), acredito que sim, por predominar uma cultura de meritocracia e hierarquia dentro do time.

Haviam acabado de conquistar a libertadores e o mundial de clubes.

Recepcionar de maneira positiva um cara que não era unanimidade e ainda vê-lo receber um salário maior que todos do grupo, seria algo estranho para o perfil daquele plantel, proporcionar um tratamento diferente.

A parte que cabe ao técnico, foi a de não saber gerenciar uma equipe com uma ou mais estrelas. Faltou-lhe algo tático, variações de esquema para encaixar o Pato e talvez mais leituras de Phil Jackson. À diretoria, uma cautelosa e qualitativa pesquisa de mercado. 

Acredito, que se quer tentaram construir cenários.

Portanto, ficou notório o quanto faz falta um verdadeiro profissional de marketing.


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